sexta-feira, 27 de abril de 2012

Novidades para os skatistas cariocas e do Brasil inteiro.

O tradicional bairro da zona norte carioca, está prestes a ter a maior reviravolta de sua história, com a criação do terceiro maior parque do Rio.




Parte integrante do pesado investimento em infraestrutura que a cidade está tendo nos anos que antecedem a Rio+20, Copa do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, o Parque Madureira está atraindo a atenção de skatistas de todo o Brasil. Isso, simplesmente porque uma área de 3.850 m2 está tomando forma a passos largos, com uma variedade incrível de terrenos, para vários gostos e níveis de habilidade.
A obra está tão acelerada que já se pode ver claramente o projeto da Rio Ramp Design se concretizando na área de bowls combinados e na street plaza. A construção conta com a participação da Flyramp, notória firma paulista especializada em pistas de skate, que recentemente fez parceria com a RRD no street park da Lagoa Rodrigo de Freitas. No último sábado, estes especialistas ganharam mais um grande reforço para o melhor resultado possível no novo complexo de skate do Parque Madureira: a vinda do norte-americano Geth Noble, para um intercâmbio de experiências e tecnologia para o acabamento.




A vinda de Geth foi uma sugestão de Jorge Kuge, da Urgh, que o teve como skatista profissional em sua equipe no final dos anos 80, início dos 90. Ao conversar com Fernando Frewka, da Flyramp, sobre um novo projeto que deve decolar em breve na Bigolândia (sítio do James Bigo), em Jacareí, Jorge referendou o interesse na vinda do Geth para atuar no Rio. Geth tem uma série de skateparks construídos no estado do Oregon, mas também em outros estados americanos e países como África do Sul, México e Nicarágua. Trabalha com concreto projetado e polido, uma técnica que deve substituir a ideia original do acabamento em granilite.
O projeto preliminar e acompanhamento da construção do parque é responsabilidade do engenheiro Mauro Bonelli, da Secretaria de Obras do Rio, convocado pelo prefeito Eduardo Paes, com total aval do secretário de Obras, o engenheiro Alexandre Pinto. Desde o início, Mauro defendeu a construção do mais moderno e completo circuito do país. Com isso em mente, chegou ao Escritório de Arquitetura Rio Ramp Design, de Sylvio Azevedo e Bruno Rodrigues, depois de uma consulta com o mobilizador local do skate, o Eduardo Gringo. Com o número de 180 pistas executadas no Brasil e outros países, a Flyramp Skateparks, foi uma opção natural para a construção. A obra do parque conta também com a Construtora Delta e a Ruy Resende Arquitetura, responsável pelo projeto executivo urbanístico e paisagístico.




Vocação ecológica
Com 74.500 m2 de área, o Parque Madureira terá certificação ecológica e tem a proposta de ser um oásis verde numa região de alta densidade de ocupação do solo da cidade, cerca de 98%. Deverá influir na melhora da qualidade de vida, utilizando recursos naturais como o aproveitamento da água da chuva para irrigação, células fotovoltaicas para captação de energia solar e iluminação em LED, entre outras inovações. O skate está inserido como esporte, ao lado de outras modalidades esportivas, mas o parque abrigará também algumas outras atrações culturais, como a praça dedicada ao samba (o bairro tem duas grandes escolas: Portela e Império Serrano).

Mais sobre a pista
Um bom desnível entre a parte de cima e a de baixo do parque, favoreceu um projeto com três modalidades principais: o vertical, o downhill e o street. Um maior combinado de bowls, com altura máxima em 3,30 m, tem várias profundidades e níveis de dificuldade, além do primeiro cradle do Rio. Um pouco mais acima, num local privilegiado e próximo a um mirante em que se pode ver toda a área de skate, está a piscina mais clássica, com coping block e ladrilhos, escada e altura máxima em 2,5 m. Uma extensa ladeira estará margeando a pista, talvez com suas laterais transicionadas, lembrando também um snake run. A street plaza tem vários desníveis e obstáculos com diferentes materiais, texturas, paisagismo e arborização, valorizando a forma e a estética. São várias rampas inclinadas, mas apenas uma transição em toda esta parte.

Tudo indica que a pista de skate será entregue junto com a primeira parte a ser inaugurada do parque, provavelmente em junho. A torcida é grande e as obras estão aceleradas. Em breve, o skate no Rio de Janeiro vai entrar em uma nova era de progresso. A se contar os vários exemplos de mobilização dos últimos anos (em defesa da Praça XV, os “upgrades” dos skatistas em locais como a Praça do Ó), o fluxo do skate carioca vai mudar radicalmente.



Fonte: Campeonato de Skate

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